quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um amor musical - FINAL

Público Destinado: À pessoas como eu e minha amiga
Natalia Lima. Que apreciam um bom romance.
  Era só pra FICAR... E a gente acabou se APAIXONANDO pra valer...O que era só momento ou um simples passatempo fez o AMOR acontecer Nechivile

Hoje eu acordei na vibe. No maior "fogo" para aquela briga de bandas. Acordei umas horinhas antes do horário e fiz o que a gente faz quando acorda. Escovar os dentes, banho e etc... Fui ensaiar um pouco. Quando fui na garagem, Andy soltou um acorde e disse Vamo ganhar esse concurso brow! Ele começou a música Bizarro. E, Viviane, começou a cantar... Muito perfeito. FIquei de boca aberta. A voz dela, naquela música... Mil vezes melhor que a de Pitty. Ela terminou de cantar e todos aplaudiram inclusive a minha mãe, Linda, que estava lá e disse Querido, boa sorte. Desejo-te tudo de bom. Depois disso, atrás de minha mãe, lá estava ela. Linda, radiante - diga-se de passagem, com um sorriso de orelha à orelha - veio e me deu um beijo. Tinha gosto de chocolate - sério mesmo -, todos gritaram aqueles clichês do tipo uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, aeeeeeeeeeeeeeê, dale dale Rodriiigo. Ai, paramos. Fomos almoçar. Aquele dia tinha que ser um almoço daqueles. Então, fomos para o Lotus! Já que como lá também servia almoço... fomos para lá. E, advinha o que eu e a Vivi pedimos? Lasanha de queijo e presunto! Estava maravilhosa. Ela nos lembra momentos inesquecíveis. Andy pediu um strogonoff de frango acompanhado de uma taça de vinho e Batera pediu uma porção de 15 bolinhos de bacalhau - é, realmente ele come -. Comemos e quando observamos as horas já eram 14:00. Faltavam meia hora para a gente ir pro show. De qualquer forma era um show. Bandas + platéia + música = show. Fomos diretamente para lá e começamos a nos preparar no camarim de lá. Maquiagem pesada, roupas negras? Eram clichês. Só a roupa preta ia e uma maquiagem leve. Fomos andando em direção de onde a gente devia esperar à ser chamado e vimos que a concorrência estava grande. Amor, o bicho vai pegar! - foi o que Vivi falou. E eu estava totalmente de acordo com ela. Não vai ser fácil ganhar esse concurso. Ninguém sabia quem era os jurados. Ficamos lá... Esperando

meia hora depois

Atenção agora! Uma banda de adolescentes. Ainda nova no ramo, Darlin'Stir! Era a nossa vez. Andy foi o primeiro a entrar e quando entrou tomou um baque. Não esperávamos aquele nível (deve ter sido por isso que a taxa de participação foi tão cara). Nos fudêmo. Disse Andy. Pitty, Rita Lee, Charlie Brow Jr. e Flausino. Estes eram os jurados. (por isso o nos fudêmo de Andy quando ele entrou) Entramos - Viviane quase desmaiando - e começamos a cantar. Como sempre - Andy e seus acordes - começamos com If you asked me to. Cantamos. 
Used to be that I believed in something
Used to be that I believed in love
It's been a long time since I've had that feeling
[...]
If you asked me to
I just my change my mind
And let you in my life forever
If you asked me to
I just might give my heart
And stay here in your arms forever
If you asked me to
[...]
Cantamos. Pitty foi a primeira a falar Olha. Quero ser sincera e não quero magoar vocês. Não gostei da música. Vocês vieram aqui pra cantar rock e não músicas desse tipo. Ela olhou para a Rita e ela falou Concordo com você, Pitty. Apesar da tradução dessa música ser bonita, não combina com rock. Sem definição para o que é isso disse o Charles. Tenho que concordar com eles. Infelizmente não foi dessa vez. Vocês estão desclassificados. disse o Flausino.
Isso foi como um balde de água fria. Viviane saiu correndo. Um defeito que ela tinha era não aceitar a perder. 

Fomos para casa. Ela estava sentada e minha mãe estava aconselhando ela. 
Foi um dia "chateante" porém legal, porque eu sei que Andy e Danilo se orgulharam do que fizeram

dois anos depois

Hoje - apesar daqueles imprevistos todos - eu e Vivi somos casados. Ela trabalha em uma empresa multinacional como gerente e  eu continuei no ramo da música. Decidi me especializar e  hoje sou reitor de uma faculdade e professor de música. Andy viajou para os EUA e nunca mais deu notícias. Danilo estuda Comunicação. Eu tenho três filhos: Átila, Victoire e Joaquim. Estou com uma casa em Bonito-MG e vivendo com a  minha família. E isso tudo começou com um amor... um amor musical.

[NÃO É UM CONTO] Pedido de Desculpas

Oi pessoal, como vão?
Aqui é o Pedro, o escritor do blog e eu queria pedir desculpas por não ter postado o final da história Um amor musical. Com a volta pra escola e para o curso, fiquei meio sem tempo. Estarei postando hoje. Obrigado.
Beijos e Abraços
Pedro Magalhães

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um amor musical - Parte 3

Público Destinado: À pessoas como eu e minha amiga
Natalia Lima. Que apreciam um bom romance.
O amor é a melhor música na partitura da vida.
Sem ele você será um eterno desafinado
no imenso coral da humanidade.  
Roque Schneider


Obrigada pelo almoço Rodrigo, eu acho que vou pra casa. Preciso descansar um pouco. Tentei puxar assunto pra ver se ela ficava Vivi, fica mais um pouquinho. Preciso ensaiar uma música com você. Por favor... e consegui! Com sucesso. Pedi para que ela fosse para a garagem e enquanto eu pegava o som e um CD de Pitty. Desci correndo e fui para a garagem. Liguei o som e coloquei a música. Comecei cantando.  Às vezes se eu me distraio, se eu não me vigio um instante. Me transporto pra perto de você.  Ela me interrompeu Já vi que não posso ficar tão solta, me vem logo aquele cheiro... Que passa de você pra mim. Num fluxo perfeito. Essa última frase, nós falamos em coro, juntos. E, por incrível que pareça, o CD parou. Ela parou de cantar também. Ficamos olhando um para o outro. E ela disse Espero que não se importe com a besteira que eu vou fazer agora. Eu olhei pra ela e disse Vivi, eu te amo. Nos beijamos... Foi um beijo suave e prolongado. Subitamente, a música voltou. E, mesmo assim, continuamos nos beijando. Paramos e ela estava suando. Quer namorar comigo? eu perguntei. Você ainda pergunta?! Eu levei ela em casa e voltei para a minha. Fui para o meu quarto e liguei o computador. Apareceu um lembrete.
Briga de bandas. Amanhã 14:00hs 
Eu não sabia mais o que fazer. Liguei para todos os membros da banda, mandei e-mails, scraps no Orkut... E liguei para Viviane para avisar a ela. Pedi que todos fossem ao Lotus para um encontro. Lotus era um bar super badalado onde a gente se encontrava.


4 taças de vinho tinto e alguns petiscos por favor. Andy havia feito o pedido. E nós estávamos discutindo como ia ser tudo. Poxa, tinha até esquecido que ia ser amanhã. Se você não deixasse aquele scrap... Batera disse. Ficamos discutindo isso um tempão até que Vivi gritou CALMA! VAMOS ORGANIZAR ESSE NEGÓCIO DIREITO! AFINAL, É UMA BRIGA DE BANDAS! Ficamos calados e começamos a organizar o negócio. Andy comia mais do que falava e Batera só na taça de vinho. Mas, mesmo assim nos organizamos e conseguimos finalizar tudo a tempo. Só faltava esperar o dia chegar. Estávamos nervosos, mas... Tudo estava pronto, não tinha como dar errado...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um amor musical - Parte 2

Público Destinado: À pessoas como eu e minha amiga
Natalia Lima. Que apreciam um bom romance


Se a música é o alimento do amor, toque. Willian Shakespeare 
Começamos a tocar uma música de Celine Dion. Era uma música que eu gostava muito. If you asked me to. Pedi pra Andy começar a lançar uns acordes. E comecei a cantar.
Used to be that I believed in something
Used to be that I believed in love






It's been a long time since I've had that feeling
Eu continuei cantando. E fechei os olhos. Relampejos do rosto de Viviane estavam faiscando na minha mente. Apesar de tê-la conhecido hoje, senti várias coisas quando a vi. Viviane aparentava ser uma pessoa super do bem e com muita coisa pra contar. Queria que ela me conhecesse, não como o Rodrigo de 16 anos que tem uma banda de rock. E sim como o Rodrigo de 16 anos que poderá conviver com junto dela. Ou seja, uma amizade 'colorida'. Abri os olhos, já estava no chorus da música e subitamente, Viviane começou a cantar comigo.





















But if you asked me to

I just might change my mind
And let you in my life, forever
If you asked me toI just might give my heart
And stay here in your arms forever
If you asked me to
If you asked me to.


Cantamos a música e finalizamo-na. Ela fez um excelente trabalho. Era a soprano que eu esperava. Ela tinha uma voz excelentemente linda. Fui cumprimentá-la Vivi, você canta muito bem. O lugar de soprano, é todo seu Viviane. Ela ficou bastante feliz. Fomos para a sala resolver logo tudo. Anotar alguns dados que eram necessários. Tipo nome, idade, endereço - ela morava numa rua pertinho da minha - e etc. Resolvemos também sobre um concurso que ia ter e se ela já podia ir. Resolvemos as músicas que iríamos cantar lá. Inicial - If you asked me to -, final - Rehab (Amy Winehouse). Eles foram pra casa. Ela ficou. Viviane, você - gaguejei no início - Quer almoçar aqui em casa? Minha mãe só chega à noite, o que você acha? Ela pensou... Olhou pr'um lado, olhou pro outro e respondeu Tudo bem, almoço sim. Fui para a cozinha e me arrependi de ter feito o convite. O que que pelo o amor de Deus eu ia fazer? Pedi que ela subisse para o meu quarto para se distrair - computador, livros (é, num quarto de um vocalista de uma banda de rock você encontra livros sim), som, TV... - enquanto eu procurava algo pra fazer para o almoço. Abri os armários, e observei-os e vi que tinha massa de lasanha e na geladeira tinha queijo e presunto. Então fiz uma lasanha. Pus no forno e esperei. Uns dez minutos depois, estava com um cheiro ótimo. Tirei do forno e pus a mesa. Nem precisei chamar a Viviane. O cheiro foi tão convidativo que eu desciEu ri e me sentei. Ficamos olhando um para o outro. Sem dizer nada. Eu acabei fazendo o papel do cara mais idiota do universo. Então... Vamos almoçar ou ficar olhando um para o outro? Ela falou. Depois de uns minutos eu me toquei e coloquei um pedaço de lasanha pra ela e para mim. E começamos a comer. Então... Você... É linda viu. Tentei puxar assunto, mas, não deu. Ah... Obrigada. Na verdade, eu e nem ninguém me fez esse elogio. Fui muito rejeitada quando era criança. Isso por causa de uma cirurgia que eu fiz no olho. Tinha que usar um tampão e... Você sabe como criança é, ok? Ela demorou um pouquinho para responder... Foi mal, não queria tocar no assunto. Ela me olhou afavelmente e disse Não, você não tem culpa de nada não Ahn, Rodrigo. A partir desta conversa, ficamos o almoço todo em silêncio. Terminamos e ela falou...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um amor musical - Parte 1

Público Destinado: À pessoas como eu e minha amiga
Natalia Lima. Que apreciam um bom romance




A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende. Arthur Shopenhauer

Com a banda estava indo tudo como nos conformes! Era um rock suave. Um rock "romântico". Começamos em 2008 e agora, em 2010 estamos procurando uma soprano. Na banda está eu (Rodrigo - vocalista), o Danilo (batera) e Andy (guitarra). Só estamos esperando uma soprano para irmos para uns shows.

um mês depois.

Hoje eu acordei e fiz tudo como nos dias comuns. Levantei, escovei os dentes, tomei banho, café... E depois de tudo isso. Desci as escadas e me deparei com uma menina linda, corpo escultural. Morena, e tinha uma voz suave Oi, é aqui onde fica a banda Darlin'Stir? Sim, sim. Esse era o nome da banda. Febre de amor. Foi uma idéia do Andy. Já que é um 'rock suave'. 
Sim é.. Ahn, aqui sim. Eu falei gaguejando. Perguntei o nome. Ela respondeu: Viviane, me chama de Vivi tá? Epa! Vivi? Para uma vocalista de banda de rock? Epa, isso não dá certo não. Deixei-a a vontade. Ela sentou e me perguntou várias coisas. O que devia fazer para estar na banda. Se a banda já tinha produção. Eu respondi todas. Encantado com a beleza dela. A campainha toca, eram os meninos. Tinha ensaio marcado para hoje. Os meninos com certeza iam começar a estragar minha 'estadia' com Vivi - ops, eu mesmo estou chamando-a de Vivi? - então, tentei impedi-los, porém, não obtive sucesso. Oi gata, como tá você? É você que vai ser nossa soprano é? disse Danilo. Poxa, bota ela aê Rodrigo, por favor. Ela tem uma voz linda. Disse Andy sarcasticamente e de olho na beleza de Viviane. Eu chamei eles três para ir para a garagem, onde a gente fazia os ensaios - e pedi para que Viviane ficasse observando...

terça-feira, 29 de junho de 2010

05 de Dezembro de 1482

Público Destinado: Para pessoas como o grande
e ilustríssimo autor José Saramago. Sem medo da morte.

A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais. Epicuro

Era uma noite de lua minguante, Eileen me olhava com seus olhos verdes, porém baços. Ela não colocava mais confiança em mim por causa de minha decisão. Era dia 03 de dezembro, faltavam apenas dois dias para o que ia acontecer. Dei tempo ao tempo. Eu sou Mark, tenho 32 anos, e moro aqui, neste mundo vivo que é Rondônia. Vivo eu, minha esposa e meus dois filhos Evelin e Henrique. Evelin tem 14 anos e é uma menina meiga e inteligente - não estou elogiando porque é minha filha, e sim porque ela merece. Henrique, tem 16 e terminará o terceiro ano do segundo grau no dia 05 de dezembro. É um menino educado, porém, atônito. Vivia em complicações com más amizades. Eileen... Ela é a mulher mais perfeita do universo. Realmente, ela é uma dádiva de Deus. O melhor presente que eu já recebi na vida. Pensante, inteligente, esperta e cativante. Eileen conseguiu a minha confiança e conseguiu ser minha esposa. A vida sem ela - para mim - não era nada.


04 de Dezembro - A véspera
A vida para mim - retirando Eileen, Evelin e Henrique - sempre foi injusta, e amanhã, ela irá cometer a maior das injustiças. Sempre havia um pretexto para eu "quebrar a cara". E um deles, aconteceu hoje de manhã. A mãe de Eileen, dona Susana, veio aqui hoje para arrumar os preparativos da festa de amanhã - a formatura de Henrique - e também, dormir pois as atividades festivas dariam-se início pela manhã. Ela chegou e quem abriu a porta foi Evelin. Oi vovó, como a senhora está bem! Que bom que a senhora veio nos ajudar hoje. Ela - Susana - soltou um sorriso tênue e disse Não me importo de vir preparar a formatura de meu formando lindo! Ela virou-se para Henrique e soltou mais outro sorriso. Ele a abraçou e disse Estava com saudades. Todos foram para o quintal e Eileen estava esperando todos lá. Ela já estava forrando as mesas com um tecido de cetim dourado. Susana começou a colocar vasos de orquídeas em cima de cada mesa forrada. O cheiro das orquídeas exalava com o vento por toda a casa. Peguei uma das cadeiras e sentei. Susana falou grosseiramente comigo Mark, vá agora na sala pegar a minha bolsa, s'il vous plait. (Esqueci de dizer que ela era francesa naturalizada brasileira. Daí os nomes: Eileen, Susana, Evelin) Tenho bastante respeito às mulheres e em bolsas delas, eu não pego. Silenciei-me e continuei apreciando o cheiro suave das orquídeas. Ela sabia que eu não pegava em bolsas de mulheres, e ainda por respeito! Nem mesmo a da minha doce mulher eu mexo. Susana foi até mim, me olhou e disse Eu quero que você vá pegar a bolsa agora. Rencontrez-moi! Eu sai dali. E Eileen foi até mim. Ela falou Porque isso Mark? Porque essa implicância? Vocês dois?! Explique-me, por favor. Olhei pra Eileen e disse Mais um motivo para o realização do acontecimento de amanhã. Subi às escadas e tomei uma ducha fria e fui dormir. Acordei meia noite em ponto. Era noite de lua minguante e dessa vez, o céu estava bordado com brilhantes estrelas. Fiquei observando-as. Henrique apareceu na porta e disse Pai, amanhã? Será que vai dar tudo certo? Olhei para ele e tranqüilizei-o dizendo que ia tudo como nos conformes. E que nada ia estragar este dia. Ele foi dormir, e eu, acompanhei-o.




05 de Dezembro - O dia
Acordei às 8 da manhã, para relaxar-me um pouquinho. A minha presença só era necessária quando fosse a entrega dos diplomas (e isso só aconteceria à tarde). Aproveitei o dia para desfrutar de um bom café preparado por Eileen. Esbanjei-me com o delicioso café e fui para a cama. Li um livro que estava em cima da mesa de cabeceira. Quando eu o abri, estava um bilhete. E a letra era de Eileen.


Porto Velho, 05 de Dezembro de 1482
Mark,
Escrevo estas doces e últimas palavras para não dizê-las na frente das crianças. 
Foi muito bom estar com você esses 25 anos. Sinto-me honrada de ter tido um marido como você. Lindo, inteligente, maturo e, exacerbadamente vivido. Queria viver mais 25 anos ao seu lado, e se fosse possível, reviver os outros 25 anos para relembrar os momentos de nossas vidas juntos. Se digo que te amo, impedir-lhe dessa decisão ínvia seria uma coisa erradíssima. Pois, é o que você quer. E eu, como sua amada não irei impedir. Amo-te. 
Eileen


Lágrimas começaram a brotar naqueles olhos de um coração de pedra. Mark dormiu. Quando acordou, eram 16:00hs. Faltavam 30 minutos para ele estar presente na formatura do filho.  Ele se arrumou e olhou para o relógio. Ainda eram 16:15. Ele dormiu mais uma vez. Quando acordou, já eram 17:00 ele saiu correndo até o espaço onde ocorria o evento. Quando chegou lá, seu filho o viu e foi correndo até ele. Mark pegou uma faca, e atirou-a em si próprio e disse: Eu te amo. Cuide de sua mãe e de sua irmã. Henrique explodiu em prantos de joelhos ao corpo do pai. Não tinha medo da morte e essa coragem o fez querer conhecê-la. Ele morreu no dia 05 de dezembro de 1482.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

A vida é bela

Público Destinado: Pessoas como o Augusto Cury,
predestinados sem medo de viver a vida.

Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la. Augusto Cury


A vida é um mistério. Não sabemos se ela irá tratar-nos bem hoje e, também não sabemos se estaremos com ela amanhã. Entretanto, eu curto a vida. Todos os dias eu vivo a vida como se fosse o meu último dia perto dela. Sempre com meus amigos por perto, vivo em comunhão com Deus.
Quando eu era pequena, vivia brincando de pega-pega, esconde esconde. Sempre andei e até hoje, adulta, ando com meus amigos. A vida pra mim era como sol, nascia cada dia mais intenso e mais brilhante. Acontecia várias coisas maravilhosas naquela época para mim. Mas, agora, nada. Só tenho trabalho, contas para pagar, um marido pra bancar e crianças para cuidar. A vida pra mim se tornou uma coisa triste. Porém, não deixo de vivê-la intensamente, pois, esse é o meu propósito de vida. À cada tristeza e situação insuportável que eu encontro em meu dia, não desanimo! "Vem tristeza, eu vou te nocautear". 


Fui para o trabalho, entrei na minha sala da firma. O chefe já estava me esperando. Eu já havia acordado com a minha cabeça latejando e não me sentia muito bem. Poliane! Onde está as faturas que eu deixei aqui ontem? Quero todas prontas! E se houver alguma glosa*, me aguarde! Eu sentei, não dei bola para o que aquela lombriga barriguda dizia. Ele saiu da minha sala. Fechei a porta e liguei o computador e entrei no YouTube. Coloquei músicas que me animavam e comecei a fazer as faturas. Passaram-se duas músicas e eu terminei. Pausei o YouTube e fui na mesa do chefe. Mas como pode? Você fez essas faturas em menos de dez minutos e depois ele falou folheando todas, uma por uma E não tem nenhuma glosa! Impossível, são mais de quinze faturas, porém, eu fiz de acordo com a música. Estava sempre levando tudo como um filho, temos que cuidar bem dele. Voltei para a minha sala e deu a pausa para o almoço. Fui para um restaurante no shopping e estavam lá Kate e Andy. Um casal fofoqueiro de lá da firma. Eram médicos otorrinolaringologistas de lá do Centro Médico e reclamavam de tudo e todos. Se um paciente era impaciente, a recepção tomava reclamações deles. Se um médico de outra especialidade - isso que me dana! - faz o tratamento do paciente errado, eles encontravam um pressuposto para se meter na conversa dos médicos e reclamavam do serviço que eles haviam feito de errado. 
Sentei-me em uma mesa que ficava de costas para à deles e esperei o meu pedidos. Comecei a ouvi burburinhos do tipo O que ela está fazendo aqui? Porque ela veio aqui?. Me contive, e fui para o karaokê do restaurante. E comecei a cantar uma música de Celine Dion. Because you loved me. Quando comecei a cantar, o casal de fofoqueiros se levantou, e começou a falar aqueles clichês Ah, amor. É a nossa música. Vamo dançá-la, por favor!! E eu continuei cantando - me achando uma excelente cantora depois disso - e eles se levantaram e começaram a dançar e cantarolar. Dizendo palavras macias e doces no ouvido, um para o outro. Acabou a música, o meu prato chegou e eu fui almoçar. Terminei o almoço e paguei a conta. Fui para a firma, eles me barraram e falaram Obrigado por proporcionar-nos esse momento lindo que nós tivemos de nos reencontrar, e não só ficar preocupados com as coisas do dia a dia - e com a vida dos outros -  e sim com o nosso amor. Muito obrigado Poliane. Naquele dia percebi que tinha ganhado um casal amigo. Voltei para a firma. Terminei o resto do trabalho e fui para casa. Guiga estava me esperando em casa. Poliane, coloque meu almoço! Agora! Fui para o meu quarto, coloquei minhas coisas e tomei um banho relaxante. Desci e pedi para Guiga ir assistir televisão, as crianças haviam chegado nesse intervalo de tempo. Eu fui preparar o almoço. Preparei fritas, lasanha, bolinhos de carne, patê de atum - que era o favorito de Allan, o meu filho mais velho -, coxinhas de frango marinadas e uma grande garrafa de suco de laranja. Pedi para Allan vir na cozinha me ajudar a pôr a mesa. Ele - com catorze anos, não era o que se esperava de um adolescente - me deu um beijo e me abraçou. E me ajudou a pôr a mesa. Chamou Karine, sua irmã - dez anos - e Guiga. Todos ficaram felizes com o almoço que eu tinha feito. Almoçamos todos juntos. Nesse dia eu percebi que temos que viver a vida como eu vivia quando criança, intensamente. E descobri uma coisa: a vida é bela.

domingo, 27 de junho de 2010

Sozinho no meu quarto...




Público Destinado: Pessoas como a Clarice Lispector, 
depressivos criativos e com bastante desesperança.

Eu me encontro sentado em minha cama. A vida abriu um buraco sob mim e eu acabei caindo neste buraco. Através disso, sentir-me-ia que caí. Entretanto, isso não aconteceu. Somente foi um sonho. E esse sonho, pelo que pareceu, foi um alerta.

Acordei assustado com o grito de minha mãe dizendo Eduardo, acorde! Já são 6:15. hora de ir à escola. Não queria ir para a escola hoje. Sentia que ia acontecer algo de errado. Era prova de Biologia, Cibele, a professora, havia dito que seria mais de vinte questões. Disse a minha mãe que não ia pra escola. Inventei umas tonturas, forcei vomito e tinha tudo dado certo. Minha mãe disse que era para eu ficar de cama, e que qualquer coisa, era para eu ir para casa de minha tia - que é aqui do lado - falar com ela. Ela saiu e foi trabalhar.
Sozinho no meu quarto, percebo que eu tinha um longo dia pela frente. Abri a persiana de modo que a luz do sol não penetrasse muito no quarto. Liguei o som, e coloquei uma coletânea de músicas da Pitty. Apenas músicas suaves haviam naqueles CD. Arrumei a cama, o quarto. Peguei o caderno e comecei a escrever. Eram rabiscos que só eu entendia. Naquele papel estava escrito o que eu esperava deste mundo. Sozinho no meu quarto, ao som da música Equalize, eu tinha escrito:

Sem esperança de um novo fim para este mundo, eu Eduardo aqui escrevo: os seres humanos são totalmente antecipados. Conceituam uma coisa, sem conhecê-la direito. Suas destruições são excessivas a ponto de até o próprio ser humano se encontrar sobre elas. A vida para eles só existem quando há morte. A tristeza predomina nesse mundo perene.

Comecei a ler aquilo, e quanto mais eu lia, mais meditava, mais aprendia. Que só havia uma coisa de se esperar daquele mundo: morte e destruição. Desliguei o som, liguei a televisão. Passava o jornal. Catástrofes naturais não se cansavam de perseguir o mundo. A fome, miséria, a dor, a infelicidade e, desgraçadamente, a morte, estavam como palavras-chave daquelas notícias. Não conseguia ver aquilo,  mas, pacientemente, continuei com os olhos pregados na televisão. Fiquei lá, sem interesse de ver aquilo. Acabei pegando no sono. 
Alucinado, me vi em escombros, e comecei a me sentir sufocado. Um tijolo caiu em minha cabeça, senti a pancada forte e comecei a sangrar. Subitamente, a sufocação parou e eu acordei com um sangramento no nariz. Fui ao banheiro do quarto de minha mãe e de meu pai - que estava viajando - e lavei o sangramento, aproveitei, e tomei um banho. Voltei para o meu quarto, e olhei as horas. Eram 10:30, o horário que a escola liberava os alunos. Estava ainda sentindo aquele mau pressentimento. Era uma voz que dizia: não vá à escola, não vá à escola. Liguei para Kátia, uma amiga minha. E perguntei se havia acontecido alguma coisa na escola.

Sozinho no meu quarto, soube que a escola estava pegando fogo.